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  • Eu Venci

    Sou um milagre e estou aqui

    Após vários internamentos sem diagnóstico preciso, desacordada por meses e em estado grave, Amanda Barros, tem hoje, uma linda história de fé e vitória para contar.

    O HNSG na minha vida

    Em 2014, com 24 anos, recém-casada, fazendo minha segunda graduação, cheia de sonhos e planos para o futuro, em exames de rotina, descobri uma alteração no pulmão direito. Tinha muita tosse, comecei a perder peso, as fadigas começaram a me preocupar, pois mesmo fazendo tratamento os sintomas persistiam.

    Realizei um exame de broncoscopia para identificar o que havia dentro do pulmão. Passei mal. Alguns dias depois, não me sentindo muito bem, procurei ajuda em um hospital de Curitiba, no qual aconselharam o internamento para exames. Permaneci por 15 dias, tomando medicamentos e com febre alta. Após esses dias, tive alta, porém sem diagnóstico fechado. Durante os dias que seguiram em casa, pós-hospital,  voltei a trabalhar, mas a febre continuava. Foram mais 15 dias de internamento, exames estavam sendo realizados, e, mais uma vez, tive alta sem diagnóstico conclusivo.

    Com todos os exames em mãos, minha pneumologista, descobriu uma doença rara, autoimune, denominada Granulomatose de Wegener. Comecei o tratamento, com uso de oxigênio, porém fui ficando muito debilitada e com febres insistentes. Tomava vários medicamentos, comia pouco e sempre com dificuldades de respirar.

    Em um sábado de 2015, com muita dificuldade para respirar e com a frequência cardíaca muito alterada foi necessário uma nova internação, desta vez no Hospital Nossa Senhora das Graças. A princípio passaria a noite na UTI e no dia seguinte seria encaminhada para o quarto, para fazer o tratamento. Porém o quadro agravou-se muito e precisei ser sedada e entubada. O desespero tomou conta da minha família.

    Após 18 dias na UTI, os médicos diminuíram os sedativos e eu estava parcialmente acordada, porém chorava muito. Estava irreconhecível, muito inchada, outra pessoa. Houve a necessidade de aumentar a sedação e novamente fui entubada. Foram dias sem apresentar nenhuma melhora e não estava reagindo aos antibióticos. Tive uma parada cardiorrespiratória e graças ao preparo da equipe da UTI, com as manobras de reanimação, fui salva.

    Cheguei a pesar 26 kg. Durante um dos horários de visita, a psicóloga veio ao encontro de minha mãe e do meu marido, a fim de prepará-los porque minha vida poderia encerrar a qualquer momento. Minha mãe encheu o peito de força e disse, quase que numa profecia: Amanda ainda vai me dar netos!

    Aos 38 dias de internamento, já havia perdido os movimentos das mãos, braços, pernas e pés, porém os exames começavam a apresentar pequenas melhoras e continuava acordada. Mas, comecei a ter crises de ansiedade, tremores sem controle surgiram e houve a necessidade de tranquilizantes. Dias depois mais um grande susto: Convulsões, devido a reação pouco comum do tratamento para a granulomatose. Durante muito tempo fiquei assim, melhorava o quadro, diminuía a sedação porém logo depois surgia uma piora.

    Os médicos haviam relatado que seria necessário fisioterapia para retomar os movimentos dos braços, mãos e voltar a andar, fono para retomar a fala e reaprender a engolir. Mas Graças a Deus, ainda dentro da UTI já consegui falar e comer sozinha. Em janeiro de 2016, tive alta da UTI, foi uma festa na despedida. Foram mais 20 dias no quarto para a retiradas das sondas, para avalição geral e para a “nova” adaptação. Em casa, tive acompanhamento com médicos, nutricionista e fisioterapeuta e muito carinho dos familiares e amigos.

    Ao todo, foram 6 meses de internamento. Foi um período muito difícil, principalmente para minha família e amigos próximos, pois a maior parte da internação fiquei sedada! Minha família ouviu muito: “não tem o que fazer”, mas nunca deixaram de acreditar na minha recuperação.

    Lembram quando minha mãe disse? Amanda ainda vai me dar netos! Os Anjos disseram, amém! Em novembro de 2017 descobri que estava grávida de 3 meses. Na descoberta bateu novamente o desespero, desta vez pela vida que carregava em meu ventre. Devido às fortes medicações que ainda faço uso, o bebê poderia ter má formação. Entreguei nas mãos de Deus, e confiei! Com 35 semanas de gestação, a bolsa rompeu. A UTI neonatal estava reservada para o bebê, e com a graça de Deus, ele nasceu perfeito e muito saudável, não precisando ir para UTI.

    Minha mensagem

    A minha eterna gratidão a todos os profissionais que fizeram parte da minha história neste hospital: Médicos, enfermeiros, Irmãs, Padres, pessoal da cozinha… por onde eu passava, sempre recebia o carinho de todos. Como diz a letra da música, “… aquilo que parecia impossível, aquilo que parecia não ter saída, aquilo que parecia ser minha morte, mas Jesus mudou minha sorte, sou um milagre e estou aqui…” HNSG, obrigada por fazer parte das histórias mais fortes da minha vida, onde renasci por duas vezes: a primeira após vencer a doença e a segunda após ter meu filho!


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