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    A vida após vencer um câncer é extraordinária

    Em 2013, com apenas 23 anos, Lauriéle Rodrigues passou por um período de turbulência com a sua saúde, mas que lhe amadureceu e a fez enxergar a vida de outra forma, dando mais valor aos mínimos detalhes.

    Na vida pessoal e profissional tudo ia bem. Estava casada há 4 anos e planejava engravidar. Formada em biologia, estava trabalhando há um ano na Prefeitura da minha cidade, o qual passei em 2º lugar em um concurso público.

    Foi então que surgiram os primeiros sintomas, como febre alta por 7 dias consecutivos, sempre no final da tarde. Emagreci muito, tive dores fortes nas costas (era a massa que estava encostando no nervo) e meus leucócitos estavam muito aumentados.

    Depois desses primeiros dias de sintomas, eles sumiram e eu estava me sentindo bem. Mas os médicos insistiram que, apesar de me sentir bem, os exames mantinham alterações importantes.

    Me consultei com diversos médicos daqui da região do Vale do Ribeira, e após realizar uma tomografia que mostrou uma massa de 12 cm no mediastino, é que fui encaminhada para Curitiba.

    O HNSG na minha vida

    Em Curitiba , consultei com o Dr. Selmo, que fez a minha biópsia de medula. Realizei também em outro hospital três biópsias de mediastino. Quando chegou o resultado, e abrimos o laudo, parece que tudo desabou, foram dias pensando: Por que eu? Esse foi o pior momento, sete meses após os primeiros sintomas receber o diagnóstico de Linfoma Linfoblástico Agudo. Mesmo sabendo que todos os exames apontavam para um linfoma, ainda havia a esperança de não ser.

    Fui então encaminhada ao HNSG para fazer o tratamento, onde a equipe cuidou de mim. Fiquei como paciente do Dr. João Samuel, que foi um médico incrível, que exerce com maestria a profissão a qual escolheu. 

    Internada no HNSG, fiz a inserção do catéter e oito ciclos da quimioterapia. Durante o tratamento foram 3 anos de quimioterapia e ao final, fiz radioterapia, e pude experimentar todos os efeitos colaterais, entre eles, diversas transfusões.

    Tentei levar a maior parte desse tempo na “esportiva”, não pensei em desistir, porque queria me tratar para me curar logo, assim o tempo parece que passava mais rápido. Mas houve momentos difíceis, muito cansaço psicológico, só Deus mesmo para me sustentar em todo esse processo.

    Durante todo o tratamento os médicos diziam que eu estava respondendo bem aos medicamentos, me deixavam sempre tranquila, isso me motivava a aguentar firme pra acabar logo. A última quimioterapia teve bexigas e fotos na porta do meu quarto no hospital, foi muita felicidade.

    Tenho um carinho enorme pela equipe que me cuidou no hospital, as moças da cozinha, da limpeza, o psicólogo, equipe médica e de enfermagem, e principalmente às irmãs que me acompanharam sempre me levando palavras de ânimo. Jamais esquecerei o quanto fui bem tratada neste hospital.

    Atualmente me sinto realizada. Apesar do tratamento ter dado uma pausa em tudo que eu fazia, pude seguir em frente, feliz e amadurecida. Um ponto que sempre fico feliz em poder compartilhar, é que, por ter descoberto o câncer quando ele já estava em tamanho grande e por ser agressivo, não tivemos tempo de coletar meus óvulos, pois descobrimos o câncer na mesma época em que fazia os exames para planejar um bebê. O tratamento poderia afetar minha fertilidade, mas como a vontade de Deus é soberana e coincidiu com a minha, após minha alta, engravidei e hoje tenho uma menina linda de 4 anos.

    Minha Mensagem

    Que tenham confiança: Em Deus, em si mesmo e na equipe que está te tratando. A vida após vencer um câncer é extraordinária. Tudo passa.

    Lauriéle Rodrigues


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